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A ideia de indústrias criativas como fator de desenvolvimento no Brasil contemporâneo: a institucionalização de um projeto

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O artigo, apresentado no XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, tem como objetivo analisar a consolidação da ideia de indústrias criativas no Brasil contemporâneo, buscando compreender sua concepção através da teoria da estruturação, interpretada como a teoria que tenta “confeccionar políticas relativas à intervenção em mercados globais”.

O autor destaca sua concentração em documentos e propostas da Secretaria de Negócios Criativos, ligada ao Ministério da Cultura, a fim de compreender o comportamento do Estado perante as indústrias criativas, consideradas como um fator de desenvolvimento, e por isso, de interesse econômico. Para tal compreenção, o artigo dividi-se entre a apresentação da discussão teórica e da discussão substantiva.

A reflexibilidade, a ação estratégica e a integração sistêmica são os primeiros aspectos abordados, para a partir deles ser apresentada uma ineterpretação da ideia das indústrias criativas no Brasil.

Tal interpretação revela que foi a patir da criação da Secretaria da Economia Criativa que a temática das indústrias criativas ganhou maior relevânica no cenário nacional, e se consolidou a necessidade de propostas de políticas púlicas voltadas para o setor. Entretanto, foi com propostas apresentadas em 1998 pelo Department for Culture Media and Sport do governo inglês, que o assunto ganhou relevância internacional.

A partir dessa discussão internacional, são sistematizados quatro itens que buscam definir a ideia de indústrias criativas: ênfase na capacidade criativa; proteção dos produtos concebido através da propriedade intelectual; dependência tecnológica; distanciamento entre a cultura e a questão estética.

Por fim, chega-se a conclusão de que as indústrias criativas revelam-se interessantes para o Brasil por estarem atreladas à ideia de desenvolvimento. Entretanto, o autor ressalta que inovação tecnologica e pequenos negócios já se organizaram outras vezes em torno de redes de colaboração, de modo que “essa não é a primeira vez que se tenta apresentar tal proposta como uma oportunidade”.

 

*Autor(es): João Martins Ladeir | *Ano: 2012

*Resenha: Gabriela Arroyo

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