O artigo, publicado em 2010 no jornal internacional The information Society, apresenta uma discussão sobre as indústrias criativas na atualidade após o tema já ter sido debatido durante uma decada, considerando tanto as limitações que ainda existem quanto os avanços alcançados.
Inicialmente, é apresentado uma introdução sobre as políticas públicas para as indústrias criativas que existem nas diferentes partes do mundo. Algumas localidades como Austrália, União Européia, Estados Unidos, China e Taiwan são abordadas, sendo que os autores diferenciam as estratégias adotados pelos governos, adotando o posicionamento da UNCTAD de que as indústrias criativas podem ser como “a new engine of growth in developing countries”.
Segundo os autores, enquanto a UNCTAD tem como objetivo criar propostas que ajudam a intensificar o crescimento dos países em desenvolvimento, a UNESCO busca conhecer a produção cultural como sua situação atual, tamanho, escopo e efeito na economia.
Na sequência, é discutido a dificuldade em se ter uma definição coerente e padrão para o termo Indústrias Criativas, já que ele é entendido e considerado de acordo com os interesses de cada governo. Diante desse contexto, a diferença entre indústria criativa e indústria cultural também é abordada e utilizando do pesamento de outros autores é transmitida a crítica de que a mudança de indústria cultural para criativa é oportunista (Garnham 2005, p.20), o que pode ser cosiderado como “old wine in new bottles” (Ross, 2007, p.18). Políticas culturais e o neoliberalismo também são aspectos abordados. Segundo os autores, três são os fatores que alimentam os debates sobre as indústrias criativas e o neoliberalismo: o “New Labour” do governo do ex – primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, na qual as indústrias criativas tinham a tendência de ser um protótipo do movimeto “Third Way”; o foco no mercado, no empreendedorismo e na propriedade intelectual; e o foco em novas indústrias, mercados emergentes e média e pequena empresa.
Por fim, considera-se “to a positive correlation between the development of culture and the creative idustries and economic growth and innovation”.
*Autor(es): Terry Flew and Stuart Cunningham | *Ano: 2010
*Resenha: Gabriela Arroyo