Na última semana, Bragança, cidade localizada no nordeste do Pará, recebeu o Ciclo Criativo, evento que debate o desenvolvimento da economia criativa no estado. A ação, realizada no Teatro Museu da Marujada, reuniu cerca de 100 participantes, dentre produtores, artistas, artesãos e estudantes universitários da região do Caeté.
Na mesa de abertura do Ciclo estavam presentes representantes do Instituto de Artes do Pará (IAP), Sebrae Capanema, Incubadora Pará Criativo, Casa do Empreendedor e Secretaria Municipal de Cultura e Desportos de Bragança. As instituições falaram sobre o cenário cultural da região e suas políticas de incentivo voltadas ao empreendedorismo criativo.
Em sua programação, o Ciclo Criativo apresentou a palestra “Entendendo a Economia Criativa”, de Júnior Oliveira (IAP); “Sistema Nacional de Cultura”, de Alberdan Batista (Regional Norte do MinC); “Onde Estão os Recursos?”, da produtora Gláfira Lobo; “Indicação Geográfica da Farinha”, da mestranda Natascha Penna; “Rota Turística Belém Bragança”, da diretora de Políticas da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Fátima Gonçalves, e “APL – Um arranjo criativo para o desenvolvimento do Pará”, de Sônia Mendes, da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).
A mesa de relatos de experiências foi marcada por cases de gastronomia, turismo e cultura popular. Isaac Loureiro, da Campanha do Carimbó; João Batista, presidente da Irmandade da Marujada; Marcos Veríssimo, do Engenho Caeté; Valfir Ferreira, chef do Manticoeira e Hortência Osaqui, da Osaqui Produtos Artesanais, compartilharam suas trajetórias e aprendizados com os presentes.
O evento contou com uma feira que reuniu empreendedores de Bragança, como Reginaldo Oliveira, que trabalha com licores feitos a partir de frutas regionais. “Antes trabalhávamos de maneira muito informal e a nossa embalagem era em garrafas PET. Com o auxílio da Casa do Empreendedor, evoluímos a maneira como apresentamos o nosso produto e passamos a participar de exposições. Ficamos muito contentes com o resultado. O nosso produto passou a ter mais saída. Participar de eventos como este é importante porque aprofundamos o nosso conhecimento e ficamos mais competitivos”, diz.
A artesã Lindalvania Gonçalves, mais conhecida como Vânia, expôs suas pinturas em coroatás e garrafas. “Participar de eventos assim possibilita que eu possa conhecer novas formas de trabalhar, além de possibilitar novos contatos”, afirma.
O encerramento ciclo em Bragança foi celebrado com apresentação do grupo bragantino “Tribo de Mani” que reproduz sons da marujada, como xotes, retumbão e mazurca e outros sons regionais paraenses, como carimbó e guitarrada.
O Ciclo Criativo é uma promoção da Incubadora Pará Criativo, IAP, Seicom, Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama) e Representação Regional Norte do Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Sebrae e da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará (FAV/Ufpa). Em Bragança, o evento contou com o apoio do Sebrae Capanema, Casa do Empreendedor e Prefeitura Municipal de Bragança, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Desportos (Seculd).
A primeira edição do Ciclo Criativo será encerrada no início de fevereiro, em Belém, quando um encontro de dois dias reunirá agentes culturais de diferentes regiões do estado.
No próximo dia 6, o Ciclo Criativo segue para Marabá, no sudeste do estado. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas no link http://migre.me/mn88r, no GAM – Travessa Carlos Leitão, 381, Centro. Fone: (94) 8133-9392; Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Campus 1 – Proex, Folha 31, Quadra 7, lote especial s/n. Fone: (94) 8115-1037, e Secretaria de Cultura, Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, 696, Centro. Fone: (94) 3322-3321. Mais informações: (91) 4006-2930
Fonte: Juliane Frazão/Pará Criativo