Entenda a ligação entre as startups e a economia criativa
Por Nathália Sousa
Hoje em dia, muito se ouve das tais startups, mas afinal, o que são? Startups são ideias de potencial empreendedor que podem começar operando a um baixo custo e com grande propensão ao crescimento. Uma ideia de algo novo que pode revolucionar, ou uma ideia antiga com uma nova roupagem.
Uma startup surge, geralmente, de uma boa ideia que precisa apenas dos recursos de investimento inicial para que possa andar. Em épocas de crise, é muito comum que apareçam ideias inovadoras com potencial de crescimento. A criatividade é o passo inicial para algo de sucesso e uma ideia criativa que vira uma startup é como uma nebulosa no espaço, conhecida por ser uma nuvem de poeira cósmica, ou berço de estrelas, com potencial de criação, tal qual startups, que começam com um emaranhado de ideias que evoluem ao passo de poder se transformar em algo muito promissor.
Embora muito se diga em relação à inovação e criatividade, “apesar de parecer, não está em todas as startups. Ter criatividade e inovação no seio de uma empresa depende da cultura que a empresa estabelece e desenvolve.”, como afirma Erick Pacheli, que é mentor da empresa Revelare – Comunicação+Tecnologia.
Erick conta que “o mercado cresce em função da naturalidade com que a tecnologia se relaciona com a sociedade e influencia na vida humana.” Como na atualidade muitas ideias novas envolvem novas tecnologias, o ramo tecnológico é o mais comum em startups. Erick conta que a tecnologia está em todos os lugares e a todo momento em nossas vidas, de modo que novas gerações serão realmente dependentes disto, então é essencial o desenvolvimento em tais recursos.
Sustentabilidade financeira é o primeiro passo
Para que uma boa ideia venha a ser, de fato, um negócio promissor é muito importante que, antes de qualquer lucro real, a idealização possa ser sustentável, daí uma viabilidade do que se possa lucrar.
“As startups estão aí para praticar o conceito de empreendedorismo e é evidente que, como nós temos hoje um grande apelo no mundo virtual, na busca de soluções de tecnologia, elas, muitas vezes, entram no campo da economia criativa.” E é assim que em um mundo tecnológico, o economista Reinaldo Cafeo vê o conceito de economia criativa nos startups.
Cafeo indica que, no Brasil pós crise o desemprego aumenta, mas em contraponto, a criatividade entra em ação para que a população garanta a sobrevivência e nesse aspecto o surgimento de startups é uma ótima alternativa para o trabalho. “A pessoa fecha uma porta, ele tenta abrir uma janela, e aí é o momento do empreendedor, então, sem dúvida, a crise forçou isso e passou sim a ser uma alternativa a esses investidores”.
De grão em grão
Uma startup pode começar numa garagem ou até num quarto, sem muita ambição, servindo essencialmente para sobrevivência financeira mesmo, mas se informar e tentar crescer são leis no empreendedorismo.
Por isso é extremamente importante que se tenha algumas instruções sobre o que se deve ou não fazer, principalmente no começo de tudo. O Sebrae oferece cursos para a capacitação de startups na área de softwares ou tecnologia da informação. O Sebrae também conta com um programa chamado Startup Day, com sua primeira edição ocorrida no ano passado, em maio, e a segunda em outubro. Esse programa visa a troca de experiências, inovação, conhecimento e negócios, fomentando o ecossistema de negócios no Brasil.
Então, se você tem uma ideia de startup, mas está inseguro, com medo de abrir para o mercado, saiba que em uma matéria da Veja de 2015, que faz um ranking com as 10 startups mais valiosas do mundo, nenhuma estava abaixo da casa dos bilhões. “Um dos grandes segredos da sabedoria econômica é saber aquilo que se não sabe.” John Galbraith, economista e filósofo.
Revisão: Camila Gabrielle