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Aglomerações produtivas e segmento cultural: algumas considerações

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Esse artigo foi produzido para o IV ENECULT (Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura) tendo como tema central a produção de bens simbólico-culturais e teorias de aglomeração produtiva, como creative clusters e arranjos produtivos locais, uma vez que a produção cultural tem se tornado um dos principais domínios da economia mundializada.

O artigo inicia-se explicando seu objetivo que é o de abordar essas aglomerações produtivas visando identificar os avanços e as lacunas que precisam ser preenchidas. Em seguida faz-se uma definição de cultura ligando-a a economia para poder explicar que os produtores culturais e de atividades correlacionadas tendem a se aglomerar em certos locais ou regiões para a produção, visando relações sociais baseadas na complementaridade interdependência e cooperação.

Na sequencia, as autoras passam a explicar essas duas formas de aglomerações produtivas. A primeira, os creative cluesters, são uma tipologia de aglomeração ligada às indústrias criativas, onde se amparar nas múltiplas criatividades dos indivíduos (artística, empreendedora e de inovação). Esses clusters instalam tanto organizações sem fins lucrativos, instituições culturais e artistas individuais, além de empresas privadas, o que reforça a presença da identidade e da diversidade. Porém também são aprontados nessa parte que os agrupamentos produtivos “não são bons pontos de partida para o desenvolvimento de políticas públicas”, sendo apresentados quatro problemas dos creative clusters. Já os arranjos produtivos locais (APL’s) são “aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais com o foco em um conjunto específico de atividades econômicas que apresentam vínculos mesmo que incipientes”, destacando que no Brasil há uma proliferação de estudos sobre esses arranjos.

Por fim, o artigo apresenta os limites e possibilidades dos creative clusters e dos arranjos produtivos locais e traz a ideia de redes sociais informais como um forma de superar as fragilidades dos creative clusters e dos APL’s.

* Autor(es):  Elizabeth Loyola / Carmen Lucia Castro Lima | Ano: 2008
* Resenha: Natália Dário

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