O artigo, apresentado no XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, faz uma introdução ao tema das indústrias criativas, abordando das definições do conceito ao seu contexto brasileiro atual.
Inicialmente, o artigo apresenta seu caráter bibliográfico, por ser o resultado de um projeto de pesquisa de iniciação científica que visa servir de material de referência sobre a temática das indústrias criativas, sendo a pesquisa dividida em duas frentes: “uma responsável por pesquisar a questão da propriedade intelectual para as indústrias criativas e outra responsável pelo macrodescritor diversidade nesse tipo de indústria”.
Na sequência, o conceito e as definições de idústrias criativas são discutidos. Mesmo com origem na Austrália, em 1994, foi no Reino Unido que o termo ganhou mais força, isso no final da década de 90. A definição de indústrias criativas ainda não é padronizada, embora a mais utilizada seja a do DCMS (1998, p.5), “indústrias que têm sua origem na criatividade, habilidade e talentos individuais e que apresentam um potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração da propriedade intelectual”.
Ao todo, são apresentadas onze definições de insdústrias criativas e quais atividades e setores envolvidos estão sendo considerados em cada definição. A questão do trabalho também é abordada, focando-se: a dificuldade de identificação dos trabalhadores das indústrias criativas, a pouca disponibilidade de disciplinas universitárias que visam a formação desses profissionais e o perfil da carreira nas indústrias criativas, de acordo uma pesquisa de Bendassolli e Wood Jr. (2010).
Quanto ao panorama das indústrias criativas no Brasil, percebe-se que “apesar do potencial criativo e da diversidade cultural que o país possui, este setor ainda está em desenvolvimento”. A discussão brasileira sobre o tema iniciou-se em 2004, em 2008 a FIRJAN elaborou um estudo pioneiro e em 2012 o governo criou a Secretaria da Economia Criativa e lançou o Plano Brasil Criativo, o que revela que “o setor criativo brasileiro começou a ganhar mais atenção do Estado, passando a ser objetivo de políticas públicas”.
*Autor(es): Natália Fernanda Dário, Juliana Marques de Carvalho | *Ano: 2013
*Resenha: Gabriela Arroyo