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Indústria Criativa: sinônimo de sucesso

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Entenda o conceito e como essa nova área  tem crescido no Brasil

Por Camila Gabrielle e Matheus Rodrigo

Indústria Criativa é a área da economia que tem a inovação como matéria-prima. De acordo com Juarez Xavier, professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP), o conceito começou a ser formulado nos anos 90, por australianos e ingleses, com o objetivo de focar nos setores econômicos que tinham alguma ligação com a produção cultural e bens criativos.

Nas áreas que produzem cultura como forma de se obter renda, observa-se criatividade e inovação. Como exemplo, temos  a indústria de moda, cinema , turismo, design, games pertencentes à indústria criativa. A criação, segundo Juarez, se manifesta ainda nos mais diversos cenários sociais: em setores subalternos como a periferia, a produção artesanal e a utilização do turismo são casos de indústria Criativa.

 

Crédito: Reprodução

 

O setor tem apresentado crescimento nos últimos anos apesar da crise no mercado nacional. De acordo com pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) em 2014, mais de 900 mil profissionais trabalham com indústria criativa no Brasil. Esses profissionais ganham em média, mais que o dobro do  que a média dos empregados formais brasileiros.

O órgão também chama atenção para o fato do setor estar movimentando mais de R$ 155 bilhões para a economia do país. Além disso, o estudo aponta que os estados que atualmente mais tem empresas que trabalham na área criativa no Brasil, que são São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.

De acordo com a consultora do Sebrae-Bauru sobre “Economia Criativa”, Patricia Zuccari, a explicação para o crescimento vertiginoso no setor criativo mesmo com um mercado em crise é a praticidade do processo de criação. ”É natural que empreendimentos dentro do cenário de indústria criativa cresçam, pois em alguns casos, o processo de criação envolve apenas o próprio empreendedor”, menciona.

Patrícia ainda salienta a participação dos profissionais criativos no mercado de trabalho nacional “Os profissionais criativos aumentaram sua participação no mercado de trabalho (1,8% em 2015 antes 1,7% em 2013), o que reforça o papel estratégico da classe criativa na atividade produtiva”.

 

Patrícia durante um seminário sobre Gestão da Crise/ Crédito: Reprodução

 

Entre os pilares da Indústria Criativa, estão os valores de criação, produção e distribuição de produtos e serviços. Em um mercado formal de trabalho com problemas, a informalidade na prestação de serviços se populariza. Entretanto, a indústria criativa gosta de se reinventar e constantemente constrói novas relações e formas de se incluir no mercado. Um exemplo disso é o crowdfunding, que trabalha com inovação na forma do produtor de conteúdo obter renda. O  público no caso, patrocina uma ideia -seja ela de filme, games, arte- em que está interessado e estimula o projeto a continuar.

A produção de conteúdo criativo tem sido tratada como uma promessa de crescimento ainda maior nos próximos anos. Como afirma Gabriel Pinto, coordenador do programa da Indústria Criativa na Firjan em entrevista ao Canal Futura, “o Brasil tem um ambiente propício para a evolução da área”.  ”Nós temos um ambiente de criação democrático, diverso e o Brasil é um país jovem”, afirma. Gabriel salienta a necessidade de formação profissional e de qualificação na área para que ocorra uma evolução significativa nas Indústrias Criativas e conclui que “para o profissional interessado e apaixonado, o setor tem potencial para a inclusão forte de mercado no país”.

Para entender mais sobre as Indústrias Criativas, acesse:

 

 

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