O documentário foi lançado em 2014 nos EUA e a produção foi realizada pela Netflix
O longa retrata o conflito existente entre as empresas no ramo das impressoras 3D e a busca de criatividade, otimização e eficiência para alçar no mercado, garantindo lucro e melhor desempenho no cenário tecnológico.
Neste documentário, foram apresentadas três empresas que produzem impressora 3D, são elas: 3D Systems, MakerBot e Formlabs. Dentre as corporações citadas, a primeira é a que estava há mais tempo no mercado e fabricava grandes impressoras que eram pensadas para serem vendidas à grandes negócios. Por isso, o valor de compra era muito alto.
As outras empresas começaram então a pensar em como produzir a impressora com baixo custo de mercado, pensando no produto final e principalmente no consumidor, como forma de disseminar a possibilidade de todos poderem ter um aparato tecnológico deste feitio em suas casas.
Além de mostrar a competitividade no mercado externo, o documentário demonstra as relações pessoais dentro da empresa que acabam se desgastando com o tempo e resta apenas um criador, devido a incompatibilidade de ideias.
Ainda revela as consequências de um crescimento rápido da empresa, como o caso de “ Formlabs “que ao utilizar o financiamento coletivo para vender as impressoras acabou comercializando tantas que houve uma longa demora na montagem do aparelho, devido o despreparo da corporação com a grande produção.
A MakerBot fez grande sucesso ao lançar uma impressora e deixar o código aberto para que todos pudessem ter acesso à produção e conseguissem produzir diversos objetos sem precisar desembolsar muito dinheiro. Entretanto, após alguns anos, a empresa optou pelo código proprietário e retirou a disponibilidade concedida anteriormente.
A questão de o código ser aberto traz uma problemática do uso involuntário da tecnologia para algo obscuro, como o caso de um americano do Texas que utilizou a impressora para fazer armas. Dessa forma, a perspectiva de dar o poder de criação ao consumidor, acaba sendo corrompido e adquire um caráter de o mau uso da tecnologia.
O documentário aborda a questão das patentes, como é dificultoso trabalhar uma ideia existente sem plagiar, mas tentar aprimorá-la por meio de inovações que barateiam o custo de venda.
A indústria criativa nesse setor é exaltada nos aspectos de criação de uma impressora 3D que seja rentável, funcional e barata. Além de estimular o uso do capital intelectual como forma de pensar em todas essas características para que estejam em confluência e se destaquem no mercado competitivo, demonstra os benefícios e as desvantagens de uma startup.
“Print the legend” demonstra a necessidade de pensar na logística do produto, nas relações interpessoais de uma empresa, no markentig, no consumidor e diversos pontos que complementam o bom funcionamento de um négocio. Portanto, a criatividade de uma empresa não está apenas no produto final, mas em todo o ciclo de produção que necessita de inovação e originalidade.
Texto: Vitoria Pereira
Revisão: Camila Gabrielle