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Coletividade: ideias que tomam forma

Coletivo Boitatá
Hoje você conhecerá a história da designer Caroline Gomes, que com a ajuda do sócio Thomas Musmann encontrou no Coletivo Boitatá o verdadeiro poder do trabalho colaborativo.

Transformar o aprendizado de uma graduação na execução de uma profissão, aplicada no dia a dia, nem sempre é uma tarefa simples, especialmente no começo do trajeto. Foi isso que a Caroline Gomes descobriu lá no início da última década, perto de 2010, quando viu seu primeiro freela se transformar, assim como a Hidra para a mitologia grega, em algo que crescia exponencialmente. O que começou com a criação solo de uma logomarca para um evento cultural, acabou se tornando um projeto gráfico e visual completo, do flyer ao outdoor, desenvolvido por dez mãos, com muita troca, colaboração e aprendizado. E foi assim, através da união despretensiosa de amigos que decidiram se ajudar, que nasceu o que viria a ser o Coletivo Boitatá.

Da elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso realizado através da imersão de sentidos, à consciência corporal trabalhada nas aulas de teatro, passando pelo desenvolvimento do próprio negócio, Caroline não demorou a compreender que a experimentação, a coletividade e a partilha são os elementos que compõem a alma da economia criativa. Foi na solução de problemas e nas decisões mais difíceis que ela descobriu a força que tem a colaboração, e que hoje, nove anos depois do surgimento da empresa, “é uma palavra que ainda faz muito sentido”. 

A gente percebeu que toda essa trajetória não era tão nova assim, no sentido de que tem gente ajudando, tem uma rede. Eu sinto um acreditar ao redor e isso faz diferença.

Caroline Gomes

Assim como prega um dos principais mantras do setor criativo, Carol nunca esteve sozinha. Desde o dia um, quando o título de “coletivo” nem sequer passava pela cabeça de nenhum de seus futuros colaboradores, Thomas Musmann, melhor amigo e hoje sócio-fundador do Coletivo Boitatá, sempre esteve preparado para oferecer a ajuda necessária. Foi Thom que plantou, mesmo que de maneira inconsciente, a semente da partilha que se tornaria a empresa, fortalecendo a união e abrindo novos caminhos para a dupla. “Foi engraçado porque a gente descobriu ali que a gente tinha muito pra aprender, sabe? Juntos ficava mais fácil, de encarar um festival, de encarar um projeto.”

Coletividade: ideias que tomam forma é o terceiro texto da série “Mulheres na Economia Criativa”, um produto OiCriativas e Lecotec. Clique aqui para conferir o segundo texto da série – Imagem: Divulgação/OiCriativas

Filha de empreendedores, Carol já tinha a independência, a inovação e a criatividade dentro de si, e a transição da vida sob regime CLT para o setor da economia criativa veio como uma busca por reconexão. Para a designer, empreender é liberdade. É sobre respeitar o próprio tempo e poder aliar o trabalho com qualidade de vida e bem estar: “é poder estar na rua às quatro da tarde”. No entanto, essa liberdade não pode ser confundida com falta de método ou concentração excessiva do trabalho, e entender isso foi essencial para a trajetória de Carol e Thomas. Na empresa, designers trabalham ao lado de profissionais das áreas de marketing e contabilidade, tornando a existência do Coletivo Boitatá ainda mais sólida e resistente. 

A gente tem um salário real desde o ano passado, e por real eu digo fixo, porque antes disso a gente não tinha estabilidade. Foram muitos anos de “Esse mês não tem dinheiro”. Ao longo dos últimos anos a gente investiu muito em áreas que não são da nossa formação. A gente precisa de ajuda de quem entende de marketing, a gente precisa de ajuda de quem entende da estrutura financeira da empresa, e essas colaborações ajudaram muito a fortalecer a nossa base.

Caroline Gomes

Para Caroline, a criatividade é a capacidade de gerar soluções, e é aí que se encontra o diferencial da empresa: “A gente não entrega performance, venda, mas o nosso produto é o design. O que a gente pensa é no design, na criação, na concepção daquilo. É isso que a gente gosta de fazer, de resolver o problema do cliente”. E é justamente na busca pelo contato pessoal e acolhedor que se fundamenta a atuação do coletivo. Para eles, a colaboração vai muito além de um título, é um modo de se relacionar com os clientes, uma ferramenta de trabalho, e reconhecer a sua essência não diminui a jornada, mas aponta para a direção correta e ilumina o caminho a ser trilhado.

Quando você percebe que existe uma diferença oceânica entre ser freelancer e ser empreendedor, é assustador. Hoje a gente percebe o quanto a gente cresceu desde o momento em que a gente viu que precisava de ajuda. A caminhada é longa mas a gente está na estrada, e agora eu sei o que eu estou fazendo.

Caroline Gomes

A experiência da Carol com o Coletivo Boitatá ilustra de forma clara como se dá o desenvolvimento de uma iniciativa na economia criativa. Cada empreendedor tem seu rumo, seu objetivo e seus obstáculos a superar, e cada negócio tem à sua frente uma estrada a percorrer, mas o processo se torna mais leve para aqueles que enxergam na criatividade e na união, os motores para o desenvolvimento profissional.

Você pode entrar em contato com o Coletivo Boitatá através da aba “Contato”, disponível no site da empresa, ou ainda enviando diretamente um e-mail para o Coletivo!

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1 comentário em “Coletividade: ideias que tomam forma”

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