Início » Linhas que tecem histórias

Linhas que tecem histórias

  • lecotec 
Conheça a história de Carmen Mantovani, a bauruense que descobriu com a costura que o caminho para o sucesso é fazer o que se ama

Nascida em Bauru, Carmen Lucia Mantovani só retornou à cidade natal aos 18 anos. Transitando entre cidades da região ao longo de sua infância e adolescência, vivenciou a rotina de diferentes setores antes de se firmar no ramo da costura. Ao longo de sua vida, a bauruense, que hoje tem 59 anos, trabalhou no comércio, na indústria e no setor de telemarketing, mas foi através da combinação de algumas experiências no mercado informal de trabalho que Carmen percebeu que a medida para o sucesso é “a gente gostar do que a gente faz”.

Apesar da paixão que sente pela profissão que exerce, a atividade apareceu em sua vida em um momento de necessidade. Ainda muito jovem deu à luz um menino, e o nascimento de seu filho mudou a rotina e os rumos de sua vida. Carmen pôde contar com o auxílio de sua mãe ainda na primeira infância de seu descendente, mas quando a criança deu os primeiros passos na idade escolar, a bauruense sentiu ser o momento de trilhar seu próprio caminho.

Quando o meu filho era pequeno, estava na idade escolar, eu me mudei. Fui morar sozinha, e era muito longe para levá-lo até a casa da minha mãe, para ela tomar conta. Então eu optei por sair do emprego e começar a trabalhar por conta própria, e comecei a costurar.

Carmen Mantovani

Foi na compra de suas primeiras máquinas de costura, as famosas “Galoneira” e “Chinesinha” (máquina de costura e overloque, respectivamente), que Carmen deu os primeiros passos de seu negócio. Uma então desconhecida, ao ver a jovem comprando seus instrumentos de trabalho, se interessou pelo serviço que era ofertado pela bauruense, e a relação, ainda inexistente, se tornou uma espécie de sociedade entre ambas as partes. A ideia era explorar um mercado pouco explorado na cidade, o comércio de roupas extragrande, e a estrutura para tal era bastante simples: Carmen costurava, e a senhora vendia as peças e conseguia novas encomendas. 

O potencial do negócio provou ser mais que apenas uma ideia, e por longos anos elas trabalharam juntas. Porém, quando a “sócia” de Carmen adoeceu, a bauruense não pôde mais seguir sozinha com a produção. Com seu filho já na adolescência, Carmen resolveu que era o momento de mudar mais uma vez o seu caminho, e voltou a trabalhar no mercado formal, desta vez em uma ONG.

O novo emprego trouxe à sua vida novas oportunidades de crescimento pessoal e profissional, especialmente através dos cursos ofertados pela instituição, e foi ali que Carmen conheceu um conceito que viria a ser fundamental para o seu futuro: as Feiras de Economia Criativa. 

Linhas que tecem histórias é o quarto texto da série “Mulheres na Economia Criativa”, um produto OiCriativas e Lecotec. Clique aqui para conferir o terceiro texto da série – Imagem: Divulgação/OiCriativas

Assim como dita a Economia Criativa, ela sabe reconhecer que o empreendedorismo não é um caminho que se trilha sozinho. Além do contato com a senhora com quem trabalho durante anos na confecção de peças extragrande, foi de um novo contato que surgiu o reencontro da Carmen com a costura, dessa vez com uma conhecida da igreja, com quem aprendeu a fazer seus bonés e chapéus, produtos fundamentais em seu negócio. 

Hoje, Carmen trabalha semanalmente na Feira de Economia Criativa de Bauru, comercializando bonés, chapéus, toucas e aventais, tudo artesanal. A clientela vem de vários lugares: de acessos pelo Facebook a recomendações de clientes, além dos contatos feitos ao longo da vida. Apesar de muitas vezes as feiras não se converterem em retorno financeiro no mesmo dia, elas formam conexões com potenciais clientes, e esse é um processo importante na consolidação profissional de um Microempreendedor.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas ao longo da vida, Carmen sempre respondeu à altura. Embora a pandemia tenha enfraquecido os negócios, a bauruense soube procurar apoio em meio à turbulência, e segue lutando para continuar trilhando o seu caminho. A história de Carmen é daquelas que nos mostra de forma simples e experimental como a colaboração está no DNA, da Economia Criativa e também de nossas vidas.

Você também pode conhecer a Carmen e seus produtos através do WhatsApp ou na Feira de Economia Criativa Bauruense!

Aos domingos, das 8h às 12h, na Praça da Copaíba (Av. Getúlio Vargas).

Acompanhe a Carmen e suas produções pelo Facebook!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *