Apropriar-se da tecnologia para automatizar, diminuir erros, dar maior velocidade e reduzir custos nos exames laboratoriais. Esse é o objetivo da Pickcells, startup pernambucana fundada em 2017 que desenvolveu uma plataforma que antevê, através de algoritmos de inteligência artificial, padrões utilizados para identificar anormalidades em diversos tipos de análises, alcançando até a complexidade na identificação de células cancerígenas.
“Identificada a anormalidade, a imagem é marcada e enviada já com o resultado para o biomédico que será responsável por conferir e confirmar o diagnóstico. Isso tudo ocorre em menos de 10 minutos, com praticamente chance 0 de erros, o que representa um ganho de produtividade para os laboratórios de até 50%”, explica o CEO, Paulo Melo.
Segundo ele, com esse processo, é possível realizar a otimização na identificação de células cancerígenas. “O nosso produto permite a customização dos exames. Podemos identificar qualquer aspecto que seja procurado pelo olho humano através do microscópio”, revela.
“Queremos deixar uma contribuição social”
A PickCells atua principalmente nos ODS 1 (erradicação da pobreza) e 3 (saúde e bem estar). Paulo enfatiza a problemática da falta de diagnóstico em populações com vulnerabilidade social. “O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou em uma conferência recente, que as pessoas estão morrendo por falta de diagnóstico. Isso é muito grave pensando que a evolução da medicina caminha a passos largos, mas falhamos na base da pirâmide, que é o diagnositco”.