Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 8,4% da população brasileira acima de 2 anos – o que representa 17,3 milhões de pessoas – têm algum tipo de deficiência.
Pensando nisso e em busca de transformar a vida de pessoas com deficiência motora por meio da autonomia, foi que a TiX Tecnologia Assistiva nasceu.
Em 2009, Adriano Assis, seu colega de graduação e professor Júlio fundaram a Geraes Tecnologia Assistiva. Fruto de um projeto acadêmico, o “primeiro invento” era um dispositivo com alarme sonoro para ajudar deficientes visuais a tomar o ônibus correto, graças a um receptor instalado no veículo.
Inovando em acessibilidade digital, desde então, a startup trabalha ampliando o potencial das pessoas com deficiência por entender o ser humano acima da tecnologia.
“Com os programas de aceleramento a partir de 2017, foi possível dar continuidade ao sonho de empoderar pessoas com deficiencias”, recorda Adriano Assis, CEO da empresa.
Sobre as ameaças ao modelo de negócio da startup, é enfático ao dizer que as Big Techs são as maiores concorrentes indiretas ao produto desenvolvido pela TiX, mas ressalta a falta de interesse das grandes empresas em adentrar o campo de soluções para minorias. “Não é um mercado que elas enxergam como vantajoso, mas pode acontecer de um dia, disponibilizarem um produto como braço social às populações com deficiências, o que seria muito bom. Enquanto isso não ocorrer, continuaremos apresentando soluções.”
Não é o tipo de negócio bilionário
Adriano ressalta o desinteresse de empresas em desenvolver tais soluções. “O nosso conhecimento de causa é o um grande diferencial.” Se um dia alguém for tirar a gente do mercado, será uma Big Tech.
A Tix atua nos ODS 1 (Redução das desigualdades) e 4 (acesso à educação). “Enxergo o acesso à educação como consequência da redução das desigualdades, por estarem estreitamente ligadas à inclusão social e digital”, pondera Adriano.